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Escola Emiliano Nunes de Moura - Japaratuba Sergipe

Ler é um exercício e liberta a alma do ser humano

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Saudades do Velho Pittas

A um grande mestre, com o carinho e apreço do povo japaratubense


Foi no dia 11 de janeiro de 1967, que no alvorecer da manhã, nascia um garoto pobre, ou podemos dizer nobre, pelos seus valores morais e éticos e pelo seu exemplo de humildade. Filho de um funcionário público, o tratorista Aloísio. Seu pai o registrou como Adilson César dos Santos, mas a rua o batizou pelas bolinhas que a natureza o presenteou em suas orelhas de Pitomba, Pitombinha, professor Pitomba ou mesmo Velho Pitas. A biografia de Pitomba se resume no cotidiano e no previsível, muitos anos em seu Carlinhos, meditando algo que não trazia resultados para a sociedade. Em seguida montado em sua Biz tornando seu corpo refém da ociosidade. Tornou-se professor pelas vias do destino, começou na prefeitura como assistente administrativo, e na década de 80 mesmo com as dificuldades da época conseguiu ingressar na Universidade Federal de Sergipe no Curso de Administração. Algo que surpreendeu Japaratuba. Na década de noventa já estava dando aula no curso de Contabilidade da Escola Municipal Professor Emiliano Nunes de Moura. Sendo que mais tarde, veio a se formar no curso de Pedagogia e de Matemática pela Universidade do Vale do Acaraú.

Um ser humano diferente, que no transcorrer de sua vida foi criando um mundo próprio, que poucos conseguiam ganhar ou comprar um espaço ao seu lado. Um ser admirável, que alimentava desde a sua infância a sede e a vontade de aprender e conhecer o infinito e o imaginário dos livros. Tinha a leitura como o alicerce instrumental da sinfonia da aprendizagem. Uma coisa era certa, o jovem Adilson Pitomba não foi preparado para enfrentar as maldades e as mazelas que o contato e a vivência com outros seres se faz necessário. Sua inteligência, muitas vezes se contrariava com a sua ingenuidade, e o tempo tentava repaginar em sua vida as consequencias de sua irracionalidade. Esse é o velho Pitas, um ser paradoxal que atingia o inatingível e que deixou saudades de suas memoráveis aventuras. Estamos sim com saudades. Por que saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ele continua fungando num ambiente mais frio. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. A história de vida de Pitomba merece apreço, pela coragem e valentia que enfrentava com a maior naturalidade os embaraços e problemas que apareciam. Tinha sim poucas pessoas ao seu convívio, mas quando ficou doente serviu de referencial para avivar algo que está morrendo nesse mundo tão complexo e perigoso , a solidariedade. Todos nós nos unimos, pois não queríamos perder um irmão, um solitário irmão. E a causa que era de poucos, no dia de sua morte foi se alastrando, e com a força divina e com a esperança de encaminhá-lo para um lugar melhor, todos se abraçaram e choraram aos pés daquele que seria a personagem do povo de mais fina e nobreza sublimação das idéias.

Obrigado Adilson César Pitomba, por penetrar em nossas almas a figura de um menino simples, mas que honrava seus poucos amigos de tê-lo como irmão.

Saudades do Velho Pittas. Por Jorge Ramos